Eunício só fala de sucessão em 2014

Marcada para ocorrer na manhã de ontem, a sessão especial na Assembleia Legislativa que iria discutir Reforma Política e o Plebiscito Geral foi adiada para o segundo semestre deste ano. Autor da solicitação para o evento, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) justifica que o debate foi adiado em decorrência de a discussão do tema na Câmara Federal ter sido adiada para depois do recesso parlamentar, que começa amanhã e segue até o fim de julho em ambas as Casas Legislativas.

Para o presidente estadual do PMDB, a sucessão cearense ainda não entrou em discussão na aliança que sustenta o Governo estadual FOTO: BRUNO GOMES
O senador Eunício Oliveira, um dos que participariam do encontro, defende de maneira muito clara uma Reforma Política com vários pontos, alguns deles discutidos há algum tempo como é o caso do voto distrital, fim das coligações proporcionais e do voto majoritário para as eleições proporcionais, ou seja, é eleito quem tem mais voto. Além disso também defende a adoção do voto aberto nas casas legislativas para que o eleitor possa avaliar o desempenho do parlamentar em quem votou.

Ele considera o tempo curto para que várias mudanças significativas sejam adotadas a tempo de seus efeitos valerem para as eleições do próximo ano porque é preciso manter o princípio da anualidade das leis eleitorais, mas é favorável, inclusive a uma consulta plebiscitária sobre os principais pontos da Reforma Política, sendo essa consulta concomitante às eleições de 2014, evitando, inclusive gastos com recursos financeiros.

Demonstração

Ao elogiar as manifestações populares com a participação de milhares de pessoas nas ruas, Eunício considera isso uma demonstração de que temos uma democracia plena. Em função desses movimentos acredita que o Brasil acordou, o Congresso Nacional acordou, o Judiciário acordou e como exemplos práticos dessas mudanças lembrou o fato de um deputado federal ter sido preso e ter o mandato cassado, assim como a extinção da figura do segundo suplente de senador e da proibição de candidato a suplente de senador, parente do titular, ou seja, não será mais possível uma pessoa ser candidata ao Senado da República e colocar como suplente a esposa ou um filho, por exemplo. Essa é uma medida moralizadora com efeito para as eleições do próximo ano.

Eleições

Para Eunício Oliveira, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) dispõe de nomes e tem condições de lançar candidatos, nas eleições do próximo ano, tanto para a Presidência da República quanto para o Governo do Estado do Ceará, mas essa é uma questão que será discutida somente a partir de janeiro do ano que vem.

Sobre a disputa pelo Governo do Estado do Ceará disse que queria deixar essa questão bem clara, afirmando que "o PMDB tem nomes, o PMDB tem tamanho, o PMDB tem tempo de rádio e televisão para se comunicar com os eleitores e o PMDB tem sim a possibilidade de disputar o governo do Estado".

Mas, lembrou, a existência de uma aliança e tem mantido cautela ao se manifestar sobre esse assunto porque dentro da aliança ainda não conversou sobre isso, mas ao ser posto na mesa das discussões não tem dúvida de que o PMDB vai para as próximas eleições com uma posição clara e transparente. Ele ressalta ainda que o ano eleitoral é 2014 e as conversar sobre eleições serão processadas somente no próximo ano. 

fonte: DN