Recife "Não podemos ser favoráveis a uma manobra antidemocrática, como esta, que limite espaço de expressão de uma corrente de opinião legitimamente reunida em torno da liderança da ex-senadora e ex-ministra Marina Lima". O comentário é do governador Eduardo Campos e presidente nacional do PSB sobre a aprovação, na noite de quarta-feira, 17, na Câmara dos Deputados, do texto-base do projeto de lei que inibe a criação de partidos, limitando o acesso de novas legendas ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda no rádio e TV.
A aprovação torna praticamente inviável uma candidatura de Marina, que tenta criar seu partido, o Rede Solidariedade. "É um casuísmo lamentável, contra o qual o PSB, como partido, se posiciona firmemente", reiterou, ao lembrar que a legenda ajudou a viabilizar o PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em 2011 "Agora, até por coerência, não podemos ser favoráveis a uma manobra deste tipo", afirmou.
Campos disse não ter informação que tenha havido pressão por parte do governo federal e de ministros - a exemplo da ministra Ideli Salvatti - sobre os parlamentares, visando à aprovação do projeto. "Sei que o pessoal da base do governo fez isso, o que é um casuísmo lamentável", reiterou, sem dar detalhes.
Ele saudou a criação da Mobilização Democrática (MD), fusão do PPS e do PMN, oficializada na quarta-feira, 17, sob a liderança do deputado federal Roberto Freire (SP), sem se pronunciar sobre a possibilidade de a MD vir a apoiá-lo numa disputa presidencial. Sem assumir uma eventual candidatura à Presidência da República, Campos não falou sobre possíveis dificuldades que a aprovação do projeto possa trazer aos planos do PSB.
Resposta
O ministro chefe da secretaria-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho rebateu, ontem, as acusações de que a atuação do governo seria oportunista e miraria possíveis adversários para as próximas eleições, ao apoiar o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. "Eu nunca ouvi falar que fidelidade partidária fosse oportunismo", disse o ministro.
Aliado do governador Eduardo Campos, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) tentará suspender na Justiça a votação.
Líder do PMDB, o senador Eunício Oliveira (CE) disse que é "perfeitamente saudável" reduzir a quantidade de partidos.
fonte: DN
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