O Governo do Rio apresentou nesta terça-feira (17) ao Tribunal de Contas da União o projeto executivo da reforma do Maracanã para a Copa de 2014. As obras vão ficar R$ 250 milhões mais caras do que se previa.
Na apresentação do projeto executivo, os representantes do governo do Rio levaram até um pedaço de concreto para justificar o aumento do custo da obra. O material faz parte da marquise do estádio que, segundo os técnicos, está deteriorada. No início da reforma não foi apontada a necessidade de substituir a estrutura, mas agora a decisão é construir uma nova cobertura para o Maracanã.
O governo do Rio garantiu ao Tribunal de Contas da União que as mudanças não vão alterar o prazo de entrega do estádio, em dezembro de 2012. Mas o preço da reforma ficou bem maior: o novo Maracanã vai custar agora perto de R$ 1 bilhão.
O projeto básico, orçado em R$ 705,5 milhões, terá um acréscimo de 35,6% e vai chegar a R$ 956.787.720. Com o novo valor, o Maracanã é o estádio mais caro para a Copa de 2014 até agora, com preço bem mais alto do que o de Brasília e o de Belo Horizonte.
Para o engenheiro especialista em grandes obras Alexandre Duarte, se o projeto executivo da reforma do Maracanã estivesse pronto desde o início não haveria surpresas: “Deveria ter um projeto executivo antecipado. Ou seja, a concorrência ser feita em cima de um projeto executivo, ou seja, o projeto detalhado. O que não foi e agora gerou um aumento de preços que tem que ser justificado”, explica Alexandre Duarte.
O vice-governador do Rio comparou as obras do Maracanã com as do maior estádio da Inglaterra: “Wembley, que era similar ao Maracanã, com a demolição, ficou em mais de R$ 3 bilhões. Nós estamos entregando um estádio mais moderno que Wembley por R$ 956 milhões”, afirma Luiz Fernando Pezão.
O TCU tem 45 dias para analisar a documentação: “Nós queremos que a Copa seja uma Copa também que o Brasil não seja só campeão do mundo dentro do campo. Mas também que seja campeão da transparência, da moralidade, e pelo zelo da coisa pública”, ressalta o relator do TCU, Valmir Campelo.
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